São Leopoldo-RS, 28 de Janeiro de 2012
Nós, jovens da Pastoral da Juventude (PJ), em ocasião das discussões realizadas no Fórum Social Temático (FST), nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas e São Leopoldo entre, os dias 24 a 29 de janeiro e em comunhão com as muitas organizações e instituições presentes, queremos pautar nossa indignação e repúdio com a desocupação forçada e destruição de cerca de duas mil moradias populares na comunidade de Pinheirinho, localizada em São José dos Campos, interior de São Paulo.
A comunidade do Pinheirinho nasceu há cerca de oito anos na zona sul da cidade de São José dos Campos. Antes da desocupação, contava com toda infraestrutura própria, como mercadinhos, padarias, cabeleireiro, comunidade eclesial de base própria vinculada à paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e demais serviços, tudo construído com o suor dos moradores. Hoje, Pinheirinho é apenas toneladas de escombros e essa atrocidade deixou sete mil pessoas desabrigadas. A vida comunitária ali concretizada dia a dia foi desrespeitada e violada.
Numa aliança de clara oposição aos/as mais pobres e oprimidos/as e numa afronta radical à função social da propriedade, o judiciário ordenou a desocupação forçada, resultando como saldo, além da destruição de todas as casas e perda de bens materiais, várias pessoas feridas. A prefeitura e o governo do estado, também omissos, não apenas se negaram a implantar qualquer política pública com vistas a resolver o problema de moradia daquelas pessoas, como também aplaudiram a violência com que tudo aconteceu.
Desta forma, a Pastoral da Juventude, em constante luta contra a violência, quer deixar clara a posição contra o massacre de Pinheirinho, um dos maiores atentados contra os Direitos Humanos da história recente do país, perpetrado pelo judiciário, polícia militar e poder executivo municipal e estadual.
Chega de violência!
Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude
Comissão Nacional de Assessores/as da PJ
Autor/Fonte: Teias da Comunicação
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