domingo, 16 de setembro de 2012

QUEREMOS UM ESTADO A SERVIÇO DA NAÇÃO



QUE GARANTA DIREITOS A TODA POPULAÇÃO!

Apenas um ponto de vista:

Parece piada! Mas já é lei e está na Constituição Federal, sendo o artigo 3º.
Sob o título: 
"Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".

A faixa etária de 15 a 29 anos, que compreende a fase juvenil, é marcada pela ousadia, criatividade, alegria e esperança, esta mesma fase tem sido fortemente marcada pela violência e exclusão.

Quando falamos em violência contra JUVENTUDE, falamos em:
Desemprego, educação sem qualidade.... 

E se tratando de Juventude, que Estado temos?
Temos um Estado que contribui fortemente com a violência e o extermínio de jovens, um Estado que se cala diante de tantas injustiças e diversas formas de exclusão severamente presente em nossas realidades locais. Temos um Estado que não pensa políticas públicas com a Juventude , no máximo pensa políticas para a juventude, mas estas não tem tido resultados eficientes, pois o Estado não conhece e  o atual modelo não permite conhecer a Juventude como ela realmente é, os seus desafios, sonhos e anseios, não são reconhecidos. Pois este modelo favorece o individualismo, seguido pelo consumismo exacerbado. Onde o ser humano é identificado e qualificado pelo que se tem e sua condição como pessoa é descartada, pois sua integridade é medida pela sua raça, classe social e situação econômica. Onde o jovem pobre, favelado, negro, desempregado são reconhecidos como marginais.
Já os ricos, sarados, vestidos com adereços de marcas, de famílias tradicionais, moradores  de  palácios, educados em instituições renomadas, garantem ótimas oportunidades de emprego e são reconhecidos como juventude modelo.
O atual modelo de Estado sacraliza o poder,  ofuscando e negando a participação popular, atrás de um rótulo de País Democrático, a democracia é tanta e tamanha que precisamos de criar campanhas contra o crack, contra a violência, contra a homofobia, precisamos gritar por moradia, melhores condições de trabalho, sobretudo na área da Educação.
A mídia dá enfoque a Cracolândia, ao tráfico de drogas nas favelas e periferas,  caracterizando na maiorias das vezes os jovens como sujeito nestes espaços. Suas imagens são amplamente divulgadas tendo sempre cor e endereço certo, pois mais uma vez o preconceito e a discriminação gritam forte!
Essa situação coloca a escola perante a um grande desafio, entre muitos outros, é preciso abordar esses assuntos, por mais arriscados e polêmicos que sejam, as drogas estão muito acessíveis, o desejo de acompanhar a tal moda também, mas a maioria da população jovem não vive a realidade da juventude que a novela malhação apresenta.
Contudo, é preciso que as escolas criem espaços de discussão e diálogo, levando em consideração a diversidade cultural, questões de gênero, drogas, trabalho, prostituição, economia solidária, sustentabilidade, conscientização política, tecnologia, e etc... Assuntos que são realmente presente na vida do jovem! Assim será possível, conhecer os reais desafios e potencialidades da população juvenil, e consequentemente garantirá uma participação expressiva e efetiva de cada jovem nos espaços de diálogos seja nas escolas de educação básica, seja nas escolas de ensino superior, pois a juventude deseja participar, quanto sujeito, não como meros espectadores. Muitas vezes a falta de participação social, está atrelada as questões rotineiras onde os jovens são impedidos de falar, pois é julgado como indivíduo de pouca experiência! Precisamos mudar essa consciência social e compreender que cada individuo traz consigo conhecimento e experiência adquiridos ao longo da vida e que acoplados serão um grande alicerce para a mudança, ousadia, criatividade, dinamismo atrelado a experiência é sem dúvida uma peça de emgrenagem rumo a transformação, e tudo isso é possível se índios, brancos, negros, homens, mulheres, jovens, idosos, ricos e pobres tornarem a sociedade um espaço onde as diferenças sejam respeitadas e os direitos garantidos, onde caia por terra o terra o termo: “Somos todos iguais” e o Grito se torne real: “Somos diferentes, e temos o mesmos direitos e deveres quanto pessoa”.
Visto que, mais do que acumular uma carga cada vez mais pesada de conhecimentos, o importante é estar apto para aproveitar, do começo ao fim da vida, as oportunidades de aprofundar, enriquecer e aprimorar esses conhecimentos num mundo em permanente e acelerada mudança, mas esse exercício de conscientizar é função de todos e de forma especial do Estado por meio da educação. No entanto é certo que o sistema educacional vigente não se preocupa em formar cidadãos conscientes e sim mão de obra para servir ao mercado capitalista, que explora e explora, sobre tudo porque grande parte da população vem sendo ao longo dos tempos educada para vender a força do seu trabalho a preço de banana e ficar calada, pois as ameaças e o medo a cerca do desemprego permeia a vida da classe trabalhadora. Onde manda quem pode e obedece quem tem juízo, e quem questiona tem sua cabeça coloca em cheque. Este é o estado que aceitamos ter!  
Esse cenário atesta a urgência não apenas de políticas voltadas ao crescimento em todos os campos para o nosso país, é importante ressaltar que não adianta ser o 6º país no quesito Economia, e o 84º (octogésimo quarto) no IDH? Precisamos refletir coletivamente essa disparidade.
Assim fica evidente, a necessidade de ampliar programas e projetos sociais que favoreçam a capacitação intelectual crítica, no campo profissional, social e econômico para que os jovens, sobretudo vislumbrando o ingresso desses no mercado de trabalho,  não sejam objetos de manobras e sujeitos explorados, mas que possam desenvolver habilidades que contribuam para a construção da sociedade do bem viver, onde se valoriza a pessoa humana e a coletividade, onde as condições de trabalho sejam humanizadas, e o acumulo de capital seja no máximo consequência de um processo sadio, e os bens conquistados sejam divididos.
No entanto, o ingresso no mundo do trabalho constitui-se, tradicionalmente, em um dos principais marcos da passagem da condição juvenil para a vida adulta.  Contudo, nas últimas décadas, em funções de intensas transformações produtivas e sociais, ocorreram mudanças nos padrões de transição de uma condição à outra. O diagnóstico dominante aponta para as enormes dificuldades dos jovens em conseguir uma ocupação, principalmente em obter o primeiro emprego, dado o aumento da competitividade, da demanda por experiência e por qualificação no mercado de trabalho. Com isso, a transição para a vida adulta tem sido retardada. Existe uma convicção generalizada de que é necessário desenvolver programas e ações que melhorem a situação atual, levando-se em conta o aumento da vulnerabilidade deste grupo social, a limitada oferta de oportunidades, e as especificidades da condição juvenil contemporânea. O desemprego entre os jovens brasileiros é significativamente superior ao do restante da população.
Diante de um cenário de altas taxas desemprego, e de desestruturação e precarização do trabalho, como a juventude expressam inseguranças e angústias ao falar das expectativas em relação ao trabalho, no presente e no futuro. Eles vivenciam, de modo sofrido e dramático, o que alguns estudiosos têm chamado de “medo de sobrar”
A JUVENTUDE NÃO É O FUTURO E SIM O PRESENTE QUE PODE TRANSFORMAR A REALIDADE, E POTENCIALIZAR UM FUTURO MELHOR!

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