domingo, 8 de setembro de 2013
Grito dos Excluídos 2013 (Reflexão I)
O grito dos excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural.
Onde se faz presente, grupos, entidades, igrejas, movimentos e pastorais sociais, cidadãos e cidadãs comprometidos e comprometidas com as causas dos excluídos, marginalizados e mais empobrecidos, defendendo aqueles e aquelas que o atual sistema coloca a margem, discriminando-os de maneira cruel e sem limite.
Denunciar o modelo político e econômico vigente no Brasil, que minimiza direitos e maximiza a exploração, que garante o acumulo de riquezas em poucas mãos e condena milhares de famílias à exclusão social, podendo ser considerado um fator que gera morte.
Este é o modelo de sociedade que querem? É o modelo capitalista que responde adequadamente a necessidade dos povos brasileiros de norte a sul?
Este é o sistema que se temo! Este é o sistema que precisa ser causa de indignação!
Mesmo que milhares de famílias tenham saído da linha da miséria nos últimos anos, é notável que o atual sistema capitalista não é capaz de responder de forma digna as necessidades humanas da população brasileira. Esta proposta, que já se apresente com uma cultura de consumo desenfreado coloca a vida das gerações futuras e a vida do planeta em risco diariamente.
Pode-se afirmar que outro modelo econômico é possível e necessário, ou a raça humana estará fadada a morte precoce.
Na qualidade de sujeitos, de cristãos e cristãs, de sociedade civil organizada, é chegada a hora de tornar público a indignação frente essa realidade, que fere e mancha de sangue o projeto que defende a vida.
Por acreditar numa Igreja humana e libertadora, numa igreja que tem lado, que defende o homem e a mulher, a criança, o jovem e o idoso, o branco, o negro e o índio, numa igreja mãe, missionária e dos pobres, é que se deseja edificar o Reino de Deus, reino de vida, paz e esperança, um Reino de amor!
Enfim... estar em luta na rua, nas praças em multidão por todos os cantos do Brasil, com a bandeira da vida em punho e o coração clamando e booca gritando “que o desejo é a vida e os direitos do povo”, é um forma de contribuir de forma efetiva na construção da sociedade do Bem Viver. Onde todos tenham vida e vida em abundância.
“Pra mim é fundamental a proximidade da Igreja. Porque a Igreja é mãe, e nem você nem eu conhecemos uma mãe por correspondência. A mãe dá carinho, toca, beija, ama. Quando a Igreja, ocupada com mil coisas, se descuida dessa proximidade, se descuida disso e só se comunica com documentos, é como uma mãe que se comunica com seu filho por carta.” (Papa Francisco)
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