terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PARQUE IBITIPOCA - MG













GEOMORFOLOGIA







O Ribeirão do Salto é todo encachoeirado (...) as águas, pela erosão durante vários séculos deixaram, em vários trechos, paredões talhados a pique, bordando as margens do ribeirão. Linchenes de várias cores, installados nessas altas paredes verticaes, formam desenhos caprichosos nos quaes o povo enxerga figuras de santos. (...) Separados pelo valle do ribeirão do Salto, ficam os pontos culminantes da serra – um na vertente direita, chamado "Lombada" e tendo 1.762m de altitude; outro, na esquerda é denominado "Pião", com altitude de 1.727m."Álvaro da Silveira, 1922.








RelevoA Serra do Ibitipoca está na interseção entre o Planalto de Itatiaia, que faz parte da Região Geomorfológica da Mantiqueira Meridional (pertencente ao Domínio das Faixas de Dobramentos Remobilizados do Brasil), e o Planalto de Andrelândia, faz parte da Região dos Planaltos do Alto Rio Grande (pertencente ao Domínio dos Remanescentes de Cadeias Dobradas do Brasil) (RADAMBRASIL, 1983).










Geologicamente a Serra está na unidade do Planalto de Andrelândia, que é constituída pelos relevos elaborados nas rochas metassedimentares do Grupo Andrelândia, como quartzitos e alguns trechos de rochas cristalinas do Gnaisse Piedade. Sobre estas rochas, localmente, desenvolvem-se solos tipos Cambissolos álicos, e Latossolos Vermelho-Escuro (RADAMBRASIL, 1983).






O desenvolvimento mais acentuado da erosão nos gnaisses das áreas adjacentes (compostas por morros, colinas e formas intermediárias), devido a menor resistência, e, portanto maior resposta às forças exógenas (o controle climático/ fluvial foi maior), permitiu o realce topográfico da Serra, onde predominou em relação ao intemperismo. Resultantes dos dobramentos formaram-se duas cristas anticlinais na área do Parque, sendo elas paralelas, e correspondendo às áreas mais altas da localidade. Atingem 1784m de altitude, no Morro da Lombada, e na crista paralela, 1721m no Pico do Pião.


O relevo da área do Parque, em escala local, apresenta as seguintes formas:



Topos: horizontalizados e alongados (cristas anticlinais), declividade entre 3 e 7°30’ arredondados (ondulações nas cristas), declividades entre 3 e mais de 17° .


Vertentes: verticalizadas (abruptas ou retilíneas), declividades entre 25 e mais de 45° em patamares estruturais1; em talus2, declividades entre 17 e mais de 25°; esfoliadas3 (esfoliação esferoidal), declividades entre 17 e mais de 25°; convexizadas, declividades entre 17 e mais de 25°.



Vales: quanto à origem são primitivos (desenvolvidos em sinclinais), e / ou erosivos (desenvolvidos por águas pluviais ou fluviais; desabamentos/erosão subterrânea); quanto às formas são assimétricos: em garganta (vertente e paredão); simétricos em garganta (paredões ou vertentes abruptas, em "v" encaixados).



Formas Isoladas: morrotes (declividades entre 3 e 25°), formados em litologia biotita-xisto; pontes naturais; cavernas; bancos de areia; áreas alagadiças; concavidades (formas "subsidentes" correspondentes a tetos de cavernas. Esporões.


Texto: Dra. Luciana Graci Rodela (Doutora em Geografia Física)



ESSA É A MELHOR TURMA DE GEOGRAFIA !!!!!
NUNCA SE VIU NADA IGUAL !!!
AMO D+...

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