A
Campanha da Fraternidade 2013 se propõe a refletir a realidade juvenil. Convocando- nos a aproximar e apaixonar pelo
Cristo presente nos jovens. Este tempo de quaresma, conversão e reflexão
tornam-se propício para revermos nossas atitudes, quanto pessoa e igreja para
com a juventude.
Lembremo-nos
que ser cristão implica em trilhar o caminho proposto por Jesus, o qual
compreende ouvir a juventude e participar do seu universo.
É
evidente que Cristo sofre as dores da juventude e se indigna com posturas que
admite que vidas sejam ceifadas através da violência.
Ao
abordar questões relacionadas à violência, é importante enfatizar que esta se
edifica de diversas formas, como por exemplo, no acesso a educação e a inclusão
digital, que se dão por meio da situação econômica. A juventude pobre, moradora
das periferias tem acesso a uma educação deficiente e são excluídos do mundo
que dialoga por meio da internet o que gera no jovem o medo de “sobrar”. O acesso a espaços de manifestação culturais
também estão distante da realidade de grande parte da juventude. Essa realidade
deixa o jovem vulnerável aos diversos tipos de drogas que estão amplamente
acessíveis.
Penso
que estes, sejam alicerces para o desenvolvimento da violência, associado ao sistema
econômico capitalista que padroniza o individuo, mercantiliza as relações e
induz ao consumismo, situação que traz sofrimento e dor aos jovens.
A
juventude sofre por ser considerada produto social, não ter voz nem vez. Sofre
por identificar que muitos desejam roubar o seu direito de ser gente, de
participar, de questionar, de ser ouvido. Sofre por ser rejeitada por não se enquadrar no perfil “ideal” de
juventude, por ser pobre, negro, morar na periferia, usar boné, curtir funk ou
hip hop. Sofre por ser tratada como número nos índices de homicídios e ser
maioria no sistema deficiente prisional. Sofre por ser tão discriminada.
A
juventude ama, luta, sonha e quer viver, ela clama por atenção e por políticas
publicas que sejam realmente para todas as tribos juvenis.
E
você, o que tem feito para transformar essa realidade de dor?
Texto: Bruna Monalisa
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