domingo, 15 de setembro de 2013

ESCOLA

Escola é...
O lugar onde se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos. Escola é, sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda, que alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de ilha cercada de gente por todos os lados. Nada de conviver com as pessoas e descobrir que não tem amizade a ninguém. Nada de ser como tijolo que forma parede, indiferente, frio, só... Importante na Escola não é só estudar, não é só trabalhar. É também criar laços de amizade. É criar ambiente de camaradagem. É conviver, é ser “amarrado nela”. Ora é lógico.... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, SER FELIZ! Texto: Paulo Freire

domingo, 8 de setembro de 2013

Manifestações Populares (Grito dos Excluídos - Reflexão 2)

“Um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a ilusão da utopia, e a utopia não é sempre negativa. A utopia é respirar e olhar adiante." (Papa Francisco) As manifestações populares que vem acontecendo em vários cantos deste país, apresenta uma realidade muito positiva, e uma presença marcante da juventude! Sinal vivo da ousadia, dinamismo e esperança inerente à juventude. Muitos não acreditam no jargão que marcou essas manifestações “O GIGANTE ACORDOU”, visto que muitas pessoas, grupos, movimentos e pastorais sociais nunca adormeceram, pois sentiam e sentem na pele diariamente as dificuldades com o transporte coletivo, “que não é público”; enfrentam as filas gigantescas em busca de tratamento médico e medicamentos; sentem o processo educacional desigual entre o público e o privado, sobretudo na educação básica, “por vezes as escolas públicas seguem uma proposta pedagógica alienadora”; onde se torna evidente o desrespeito com os profissionais da educação tanto no aspecto financeiro quanto no de recursos didáticos. Ressalta-se que o cenário real das escolas estaduais em Minas Gerais nada tem a ver com o cenário apresentado nos comerciais televisivos. Crianças e jovens estão reféns de um processo de emburrecimento imposto pelo governo. A realidade na área da educação em Minas está mais para exploração dos prestadores de serviços e enganação para os estudantes e suas famílias. A resposta para o atual cenário é obvia: “Quanto mais alienado o indíviduo, mais fácil de manipular”... Pensa-se que o Estado propõe formar um bando de massa de manobra, pois a formação cidadã no atual e predominante modelo educacional, é praticamente impossível. Ainda assim, encontra-se muitos educadores ou melhor educadores e educadoras gingantes, que acreditam na educação emancipadora e libertadora. Muitos destes carregam em suas veias a cultura da militância. Estes que lutam contra o sistema, matam um leão por dia, dando o melhor de si, buscando fazer a diferença naquele espaço. Portanto a luta pelo respeito aos profissionais da educação precisa manter-se viva, ou a sociedade continuará fadada ao caos. Essa realidade precisa mudar urgentemente! As manifestações demonstram também o poder de mobilização e a influência das redes sociais na vida das pessoas. Ressalta-se que este é um instrumento positivo e importante neste tempo. Visto a liberdade que cada um tem de expor suas idéias e opiniões, bem como a rapidez e eficiência na difusão da informação Destaca-se: “o que interessa a todos, deve ser discutido e decidido por todos”. Numa perspectiva de atingir o ideal democrático no Brasil, de ir além da democracia delegativa ou representativa e chegar à democracia participativa, que começa na base, que envolve o maior número possível de pessoas, o tipo de democracia que se mantém presente no ideário dos movimentos sociais, das comunidades de base, das pastorais sociais e das juventudes. “A nossa Luta é no campo e na cidade, para construir uma nova sociedade”.

Grito dos Excluídos 2013 (Reflexão I)

O grito dos excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural. Onde se faz presente, grupos, entidades, igrejas, movimentos e pastorais sociais, cidadãos e cidadãs comprometidos e comprometidas com as causas dos excluídos, marginalizados e mais empobrecidos, defendendo aqueles e aquelas que o atual sistema coloca a margem, discriminando-os de maneira cruel e sem limite. Denunciar o modelo político e econômico vigente no Brasil, que minimiza direitos e maximiza a exploração, que garante o acumulo de riquezas em poucas mãos e condena milhares de famílias à exclusão social, podendo ser considerado um fator que gera morte. Este é o modelo de sociedade que querem? É o modelo capitalista que responde adequadamente a necessidade dos povos brasileiros de norte a sul? Este é o sistema que se temo! Este é o sistema que precisa ser causa de indignação! Mesmo que milhares de famílias tenham saído da linha da miséria nos últimos anos, é notável que o atual sistema capitalista não é capaz de responder de forma digna as necessidades humanas da população brasileira. Esta proposta, que já se apresente com uma cultura de consumo desenfreado coloca a vida das gerações futuras e a vida do planeta em risco diariamente. Pode-se afirmar que outro modelo econômico é possível e necessário, ou a raça humana estará fadada a morte precoce. Na qualidade de sujeitos, de cristãos e cristãs, de sociedade civil organizada, é chegada a hora de tornar público a indignação frente essa realidade, que fere e mancha de sangue o projeto que defende a vida. Por acreditar numa Igreja humana e libertadora, numa igreja que tem lado, que defende o homem e a mulher, a criança, o jovem e o idoso, o branco, o negro e o índio, numa igreja mãe, missionária e dos pobres, é que se deseja edificar o Reino de Deus, reino de vida, paz e esperança, um Reino de amor! Enfim... estar em luta na rua, nas praças em multidão por todos os cantos do Brasil, com a bandeira da vida em punho e o coração clamando e booca gritando “que o desejo é a vida e os direitos do povo”, é um forma de contribuir de forma efetiva na construção da sociedade do Bem Viver. Onde todos tenham vida e vida em abundância. “Pra mim é fundamental a proximidade da Igreja. Porque a Igreja é mãe, e nem você nem eu conhecemos uma mãe por correspondência. A mãe dá carinho, toca, beija, ama. Quando a Igreja, ocupada com mil coisas, se descuida dessa proximidade, se descuida disso e só se comunica com documentos, é como uma mãe que se comunica com seu filho por carta.” (Papa Francisco)