quinta-feira, 31 de março de 2011

Assessoria Nacional da Pastoral da Juventude realiza cadastramento de assessores/as de jovens

Comissão Nacional de Assessores / as da Pastoral da Juventude

Com objetivo de “identificar e capacitar pessoas, maduras na fé, chamadas por Deus para exercerem o ministério da assessoria e que estejam dispostas a servirem, com sua experiência e conhecimento, a partilha da descoberta de Cristo e seu projeto” (Doc. 85/CNBB - n. 203), a Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude, lançou há pouco mais de um mês, o cadastramento nacional de assessores/as de juventude.

A proposta é fortalecer a ação do acompanhamento à juventude no Brasil, inspirando-se no chamado de Jesus a caminhar com Ele no anúncio do Reino, indo ao encontro de tantos/as jovens.

Já foram cadastrados 600 assessores de todo o território nacional, com um vasto perfil de trabalho com a juventude. Destacam-se alguns elementos, como:

1 - Em relação aos regionais: 18% Regional Sul 1 (SP), 12% Regional Leste 2 (MG e ES), 10% Regional Sul 3, 9% Regional Sul 2 (PR) e 8% Regional Centro-Oeste (DF, GO, TO e parte do MT).

2 - Cerca de 27% dos entrevistados assessoram grupos de jovens e 23% são assessores/as em âmbito diocesano. Interessante apontar que este item indica um número considerado de assessores/as que estão ligados às bases, acompanhando diretamente os/as jovens.

3 - Quando perguntados em relação às pastorais ou movimentos que acompanham e participam, os mais citados foram: Pastoral da Juventude (79%), Pastoral Litúrgica, Pastoral Vocacional e CEBs (15% cada uma), Pastorais Sociais (9%), Movimento Fé e Política (8%) e RCC (7%). Neste item da pesquisa os participantes poderiam escolher mais de uma opção.

4 – Os dados mostram que os assessores não estão há muito tempo nesse serviço. Cerca de 40% exercem esse serviço entre 1 a 2 anos, outros 35% colaboram no acompanhamento de 2 a 5 anos e apenas 25% estão na assessoria juvenil entre 5, 10 ou mais anos.

5 – Outro dado interessante é a riqueza do estado religioso dos/as acompanhantes cadastrados. Entre os que responderam até o momento, 69% são leigos/as, 18% religiosos/as e 7% padres diocesanos.

6 – Finalizando, a escolaridade destaca-se pelo fato de 27% cursarem ou já possuírem pós-graduação, mestrado ou doutorado; outros 53% estão na graduação ou já a concluíram e ainda 20% cursam ou já concluíram o Ensino Médio.

A Pastoral da Juventude está imensamente feliz pelo excelente êxito do trabalho realizado com este mapeamento de assessores/as. A proposta é que o mesmo seja realizado ao longo dos próximos meses. A meta é mapear o maior número possível de assessores/as de juventude até o final do primeiro semestre. Após esta etapa será feito um estudo com o material da pesquisa, analisando o perfil de assessoria juvenil no Brasil e potencializando uma rede de assessores para fortalecer a ação evangelizadora da juventude no Brasil.

Caso queira colaborar na divulgação ou preenchimento do mapeamento, basta acessar o site da Pastoral da Juventude Nacional, por meio do link: www.pj.org.br.

Para acessar o formulário, clique no link: http://goo.gl/0QQHI e preencha-o. É simples, rápido e contribuirá muito no processo de evangelização da juventude.

Joaquim Alberto Andrade Silva

Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude – CNAPJ

Fonte: http://www.pj.org.br/noticias.php?op=ExibeNoticia&idNot=742

Juventude discute sobre Preconceito Social

A Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Mariana, atuante na paróquia de Santa Efigenia (Ouro Preto – MG), reuniu cerca de 30 lideranças dos grupos de base para discutir e refletir sobre Juventude e Preconceito Social.

O tema abordado faz parte de um projeto que propõe discutir os mais diversos tipos de violência que atinge a juventude, bem como criar estratégias para reduzir essa situação que se faz presente em nosso cotidiano, muitas vezes de forma mascarada.

Certos da bandeira abraçada pela Pastoral da Juventude em todo o Brasil, estas atividades tem como referencia a Projeto Nacional “A juventude quer Viver”, em plena sintonia com a Campanha Nacional: “Contra a Violência e Extermínio de Jovens”, que visa despertar a juventude, bem como, toda a sociedade para os diversos sinais de morte presente em nosso cenário atual.

Numa rica discussão sobre Preconceito Social mediada pelos estudantes de Serviço Social da UFOP, Ramon e José Arlindo, fomos motivados a trocar experiências, relatar situações de preconceito e violência vivenciado por cada um, partilhar a nossa vida fazendo um paralelo com a vida juvenil apresentada pela mídia.

Vida Real e Vida através da Mídia! Quanta disparidade apresentada. Podemos perceber à mídia como um instrumento que fomenta o preconceito social, obviamente de forma implícita.

Apontamos também, as diversas formas de preconceitos que as mulheres, os homossexuais, os negros, os pobres e os “favelados” sofrem diariamente por não se enquadrar dentro dos padrões impostos pela mídia e pela classe dominadora, e que infelizmente muitos se omitem frente a essa realidade e poucos discutem e criam estratégias de combate ao preconceito social.

No decorrer do encontro, assistimos também o filme “Ultima Parada 174”, o qual ilustra diversos tipos de preconceito e violência, rendendo uma brilhante discussão pautada na realidade da cidade de Ouro Preto.

A Juventude quer ousar a viver numa sociedade mais justa, fraterna e igualitária, onde as pessoas não sejam julgadas pela aparência, onde as pessoas priorizem o SER ao TER, a adesão ao capitalismo, a tendência de viver como o modelo de sociedade dos norte-americanos e europeus, são sinais que tem gerado morte, preconceito e derramado sangue em nosso chão, pois o preconceito encontra-se alicerçado na desigualdade social, ignorância dos líderes políticos e desinteresse da população.


JUVENTUDE EM DEFESA DA VIDA...

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sexta-feira, 25 de março de 2011

PJmariana em marcha contra a violência, em defesa da vida.


A Pastoral da Juventude da Região Centro (PJcentro) da Arquidiocese de Mariana, celebrou no dia 20 de março o Dia Regional da Juventude gritando contra a violência e a favor da vida. Este DRJ foi celebrado na cidade de Senador Firmino e reuniu aproximadamente 700 jovens vindos das Paróquias de Senador Firmino, Brás Pires, Presidente Bernardes, Senhora de Oliveira, Piranga, Porto Firme, Lamim, Rio Espera, Divinésia e Paula Cândido.

Segundo a coordenação da PJcentro, O DRJ de 2011 foi uma ocasião de manifestar a participação na Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens. Com o grito “Chega de Violência e Extermínio de Jovens” a juventude proclama que "Há Esperança no Caminho" quando estamos unidos pela vida de todos.

O Dia foi marcado pela alegria do encontro de jovens das diversas comunidades da Região. Na chegada foram acolhidos na Escola e, antes da caminhada, os jovens de Porto Firme conduziram a oração da manhã, com um convite a ouvir o Senhor que chama porque ama e confia na Juventude. Com fitas verdes e brancas a juventude caminhou pelas ruas de Senador Firmino proclamando a Paz e a Vida. Em três momentos nas ruas foram convidados a refletir sobre a violência que tira a vida de milhares de jovens. Ao final de cada manifestação anunciavam que "Há Esperança no Caminho".

Na chegada à Igreja Matriz, após a acolhida do Pe José Afonso, pároco de Senador Firmino e Vigário Episcopal da Região Centro, os jovens e todos os participantes acolheram a palavra da assessora arquidiocesana Kátia Rosado, que incentivou a juventude e todos os presentes para refletirem sobre a violência e sobre os caminhos para promover a vida. A celebração Eucarística foi concelebrada pelos padres José Afonso e Luiz da Paixão, com grande participação da juventude e fieis de Senador Firmino. Após o almoço, várias apresentações animaram a juventude em uma tarde festiva. Foi a "Festa da Vida".

Dentro do contexto da Quaresma e Campanha da Fraternidade, este DRJ reuniu a juventude para um caminho de conversão e de Vida. A PJcentro propõe agora, além das reuniões da coordenação, eventos paroquiais para reunir a juventude e incentivá-la a se organizar, a partir dos grupos de jovens, em ações pela evangelização e pela vida. Um Seminário Regional no final do ano concluirá tudo o que está sendo celebrado e refletido em toda a Região. Segundo testemunhos de vários jovens, este DRJ trouxe animação e incentivo para participar da PJ em suas comunidades. Muitos se sentiram felizes em saber que são acolhidos pela Igreja e que Ela os apoia em sua missão evangelizadora. "Quando e onde a juventude está organizada, há esperança no caminho".

Fonte: Postado por Blogger no Agência de Notícias | PJ Arquidiocese de Marianaem 3/25/2011 11:26:00 AM

domingo, 20 de março de 2011

Somos Quem Podemos Ser


Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção

E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração

A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão

E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum

A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão

Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem

Somos quem podemos ser

Sonhos que podemos ter.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vida de PJoteir@

Amigo vou te contar a vida do PJoteiro
O bicho sofre muito o dia inteiro
De dinheiro é apertado, chega sempre atrasado
E a maioria deles é forrozeiro

Na semana acorda cedo, é esmagado no busão
Mas mesmo assim mantém um sorrisão
Na sexta-feira dorme tarde preparando a oração
Mas mesmo assim mantém um sorrisão

Chegou fim de semana todos quere diversão
La vai o PJoteiro pra reunião
Ele larga a novela, Silvio Santos e Faustão
Pra não chegar atrasado na reunião

Toma chuva em viagem, no calor ensolação
Só para não faltar a reunião
Ele deixa a namorada e o jogo do timão
Mas esqueceu a ata da reunião

Finalmente é domingo, que é dia de descansar
Mas não pro PJoteiro que vai trabalhar
Tem a missa e o grupo, o fulano pra ligar
E o teatro da Paixão pra ensaiar

Organiza o evento, ai meu Deus que confusão!
Prepara o cartaz, com o Padre sai na mão
Quando chega o fim do dia deita lá no sofazão
Mas toca o telefone e...
“Alô, ta lembrado da reunião?”

No retiro pão com molho
Blá-blá-blá não prego o olho
Mas mesmo assim adoro essa missão
Bater palmas, dar risada, cantar aquela canção
Por isso nunca esqueço meu violão

A galera animada, juventude em mutirão
Caminhando e cantando todos no mesmo refrão
E é por crer na juventude e no seu potencial
É que eu vim pra esta pastoral
Que está sensacional...

Fonte: http://pjmatipo.blogspot.com/2011/01/vida-de-pjoteiro.html

sexta-feira, 11 de março de 2011

O feminino que brota de Imperatriz

´Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais!”
Entre os dias 08 a 15 de janeiro deste ano a cidade maranhense de Imperatriz, conhecida
como o “Portal da Amazônia”, acolheu jovens de diversas partes do país para a Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude. A ampliada é um espaço de encontro para avaliação e deliberação dos trabalhos realizados em nível nacional pela Pastoral da Juventude (PJ). Tempo forte de ousadia, profecia e missão. Aliás, “Missão e Profetismo” foi o tema desta ampliada.
Pela primeira vez tive a alegria e a honra de participar deste momento singular da história
da PJ. Acredito que muitas pessoas tiveram a oportunidade de acompanhar essa atividade. Aliás, pela primeira vez, houve uma transmissão ao vivo pela rede mundial de computadores, o que permitiu uma maior interação entre quem estava e quem não estava em Imperatriz. Acredito também que muita gente tem se perguntado: “Mas e aí? O que Imperatriz trouxe de novo? Quais foram os pontos fortes da ampliada?” Com certeza a ansiedade de ler o relatório, saber noticias, contemplar os frutos é grande. Quanto a isso tenham a certeza que brevemente tudo estará disponível. Muitas pessoas estão trabalhando com dedicação para que o espírito da ampliada de Imperatriz atinja, missionariamente, os “confins” do mundo. Contudo, quero também contribuir
pessoalmente e dar meu testemunho do que vi e vivi em Imperatriz.
Para as pessoas que crêem e se reúnem ao redor do Ressuscitado a vida está cheia de sinais.
Herdeiros que somos do povo do Êxodo, fazemos experiência de um Deus que se manifesta em nossa história, pois é o Emanuel, o Deus conosco. É daí que me vem a certeza de que Deus se manifestou em Imperatriz de modo muito forte em sua dimensão feminina. E que ninguém se assuste com a afirmação de que Deus é feminino também. Não se trata de nenhuma heresia! Se fosse assim, antes de mim, o papa João Paulo I já a teria cometido, pois ele mesmo afirmou ser Deus pai e mãe: “(...) somos objeto, da parte de Deus, dum amor que não se apaga. Sabemos que tem os olhos sempre abertos para nos ver, mesmo quando parece que é de noite. Ele é papá; mais ainda, é mãe. &ão quer fazer)nos mal, só nos quer fazer bem, a todos (...).”1
Para mim essa presença feminina de Deus foi percebida em diversas situações. A primeira
delas relaciona-se ao nome da cidade, Imperatriz. Não podemos esquecer que é um nome feminino.
Não importa muito se o nome tenha sido dado em homenagem à imperatriz Teresa Cristina. Mais do que isso, importa considerar as tantas outras imperatrizes, anônimas, que com o suor do trabalho tornaram o chão mais fecundo e feminino. Chão fecundo e feminino que produz em abundância o babaçu, o coco das mulheres quebradeiras, movimento forte de resistência e de luta. Também o babaçu esteve lá, em nossa ampliada. Aliás, esteve lá e, pela generosidade dos jovens daquela região, está também conosco em nossa casa, pois cada um de nós recebeu um babaçu como símbolo da ampliada na celebração de envio. Na ocasião, Dom Vilson, bispo de Caxias, enfatizava a beleza do babaçu e sua importância para o povo do Maranhão.
Também a mesa de abertura da ampliada trouxe os seus sinais. Em uma mesa onde o
masculino e o eclesiástico prevaleciam, duas jovens mulheres fizeram a diferença. Uma delas era a coordenadora de um dos grupos de base. Em meio a vozes fortes, sua voz foi como brisa suave. Dizia: “sejam bem vindos à nossa cidade.” Lembrei-me da jovem de Nazaré no seu canto do magnificat: “Derrubou os poderosos de seus tronos e elevou os humildes. Saciou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.” A outra, baiana, negra, secretária nacional da PJ. Sua voz se fez ouvir em tantas partes do Brasil ao longo dos três anos de atividade missionária. Falava como quem tem autoridade. Recebeu aplausos, afagos, chamegos e cheiros. Também pudera! Sua inspiração vem de outra grande mulher, a sua “mainha”, que de “inha” só tem o nome, pois na vida e na história ela é “ona”, é mãezona.

E o que dizer da inspiração bíblica da ampliada? “O meu desejo é a vida do meu povo” (Es
7,3)! Na terra de Imperatriz, quem falou foi uma rainha, Ester, mulher bela, encantadora, corajosa.
Sua palavra, que já havia conquistado o coração do rei Assuero, conquistou também muitos corações durante os dias da ampliada.
Além desses sinais, a força do feminino se fez presente em tantos outros momentos da
ampliada. Na cozinha, nas diversas equipes de trabalho, nas falas, na dança, nas profecias, na missão... Até quem não estava ali presente se fez presente pela sua defesa do feminino. Foi o caso do Sandro Hilário, membro da Comissão Nacional de assessores, que em sua mensagem dizia aos candidatos à secretaria nacional da PJ que deixassem o “feminino se manifestar neles, pois não iriam se arrepender.”
Os sinais estão aí. Prontos para serem acolhidos, compreendidos, assumidos. Nestes tempos
pós ampliada tenho “guardado essas coisas no coração”, com respeito e reverência, buscando entender o que Deus quer nos dizer. À Pastoral da Juventude cabe ser profeta e profetisa do feminino. A força do autoritarismo, a irracionalidade do machismo, a prepotência das tiranias explícitas e ocultas não será vencida com os mesmos meios utilizados por “eles”, mas com a singeleza, a beleza, a leveza, a ternura e o cuidado de mulheres e homens que acolhem os sinais do feminino que vem de Deus.
1
João Paulo I, Angelus Domini, Domingo, 10 de setembro de 1978. Disponível em
www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/angelus/documents/hf_jp-i_ang_10091978_po.html acesso em 05 de março de
2011.

Texto de: Padre Wander Torres Costa
Membro da Comissão Nacional de assessores/as da Pastoral da Juventude
Pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima – Viçosa / MG