terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Redução da idade penal: ‘pérola’ do popularismo penal

Por Pedro Montenegro*
Todas as vezes que ocorrem homicídios com o envolvimento de adolescentes reacende o debate acerca da redução da maior idade penal. As vozes rancorosas dos popularistas penais ecoa em generosos espaços da grande mídia bradando pela redução da maior idade penal como sendo a salvação para a barbárie brasileira.
'Uma propaganda enganosa é a de que não existe justiça para os menores de 18 anos'. Foto: Libertinus
Ensina o festejado professor Eugenio Raúl Zaffaroni que o popularismo penal é uma demagogia que explora o sentimento de vin­gança das pessoas, mas, politicamente falando, é uma nova forma de autoritarismo. A violência aumenta porque au­mentou a miséria. Os anos 1990 foram os anos do festival do mercado: os pobres ficaram mais pobres e alguns ricos, nem todos, mais ricos. Os mesmos autores dessa política de polarização da sociedade são os que hoje pedem mais repres­são sobre os setores vulneráveis da população. Querem mais mortos e, entre os infratores e policiais, mais “guerra”. No final, eles são invulneráveis a essa violência. A “guerra” que pedem é a “guerra” entre pobres e/ou contra os pobres.
Os males do popularismo penal são devastadores na vida social. O renomado professor Celso Fernandes Campilongo chama atenção para estes malefícios: “o popularismo penal aumenta o descrédito da população nas instituições e na possibilidade de mudança em curto prazo, fomentando a criação de ‘Estados Paralelos’, aumentando e fortalecendo organizações criminosas, multiplicando a justiça ‘pelas próprias mãos’, desfazendo a mobilização dos movimentos sociais e desarticulando os mecanismos de resistência a miséria, entre outros. O que, também acarreta na utilização do Direito Penal por políticos que hipertrofiam o sistema penal com soluções aparentemente eficazes em curto prazo, como forma mais econômica e demagógica de dar uma resposta estatal ilusória ao problema da delinquência.”
Os popularistas penais, tais como os abutres, aproveitam-se dos cadáveres das vítimas, aproveitando-se da dor, da revolta e do sofrimento das suas famílias para defenderem soluções milagreiras, mágicas e que, se adotadas, não teriam nenhuma eficâcia repressiva.
Eles sabem e fingem não saber que o Direito Penal, exclusivamente, não desempenha nenhuma função motivadora de respeito à norma. E, ainda, que a função do Direito Penal em sociedades democráticas é conter o poder punitivo. Escamoteiam a óbvia constatação científica de que, em sociedades complexas, há instâncias que desempenham importantes papeis de controle social, ainda que de modo informal, como a família, a igreja, a escola, os meios de comunicação, entre outras.



domingo, 22 de janeiro de 2012

Dom Quixote

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

(Engenheiros do Hawaí)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Governo brasileiro reconhece a importância das ações da Pastoral da Juventude

"É por causa do meu povo machucado,
que acredito em Religião Libertadora"



 

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, enviou uma carta aos participantes do 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ) em que reconhece a importância das ações desenvolvidas pela Pastoral da Juventude (PJ). De acordo com o ministro, “têm especial relevância as ações da PJ, em conjunto com outras pastorais, contra a violência de que são vítimas os jovens negros em nosso país”.

Em sua carta, o ministro destaca o trabalho da PJ realizado há três décadas, bem como a luta em favor da juventude brasileira. O ministro parabenizou a Pastoral da Juventude pela participação na articulação da 2ª Conferência Nacional de Juventude realizada em dezembro do ano passado, em Brasília. “Envio os meus votos de que esse Encontro Nacional da PJ seja espaço profícuo, onde se fortaleçam as vossas convicções em defesa da vida da juventude e de um Brasil livre das injustiças e das misérias”, concluiu o ministro.
Marcha contra a violência
O 10º ENPJ teve início no último domingo, em Maringá (PR), e conta com a presença de mais de 600 jovens representando as dioceses brasileiras. A programação segue até o dia 15 com palestras, trabalhos em grupo e celebrações. Hoje as assessorias são sobre os temas Vaticano II e Projeto de Revitalização da Pastoral Juvenil Latino Americana.
No sábado (14), após a celebração de encerramento, os participantes do encontro farão uma marcha da Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. A concentração será a partir das 17h30 no estacionamento do estádio Willie Davis, no centro de Maringá.



Fonte:  http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=3355&Itemid=0

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sábado, 7 de janeiro de 2012

10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude

De Maringá para o Brasil

A Pastoral da Juventude começa, no próximo domingo, dia 8, seu 10º Encontro Nacional, na cidade de Maringá, com o sugestivo lema “Na ciranda da vida, a nossa missão é amar sem medida”. Inspiram o encontro, que acontece a cada três anos, a celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e o Plano de Ação da Pastoral da Juventude.
Durante uma semana, 700 jovens rezarão e discutirão temas ligados à sua vida, ao mundo em que vivem, à Igreja que servem e ao Reino de Deus, que ajudam a construir no hoje de nossa história. Reafirmarão, certamente, o histórico compromisso da Pastoral da Juventude de ser uma presença transformadora na sociedade a partir de seu engajamento social e político, inspirado na fé, comprometidos com os pobres, no pleno respeito à pluralidade e à diversidade que caracterizam os tempos atuais.
Quando surgiu, nos anos 1980, a Pastoral da Juventude trouxe uma proposta nova no trato e na organização dos jovens. No lugar de um grupo com multidão de jovens, a formação de vários pequenos grupos. Isso facilitaria a socialização dos jovens, o conhecimento mútuo, a partilha e o compromisso. As três fases - nucleação, grupos de base e militância - constituíam-se como um processo pedagógico de inserção do jovem na Igreja e na sociedade, segundo a vocação de cada um.
A organização dos jovens a partir do meio em que vivem fez surgirem as Pastorais da Juventude Estudantil, do Meio Popular e Rural, relembrando a vitoriosa experiência, especialmente nos tempos da ditadura, da JAC, JEC, JIC, JOC, JUC. Não são poucos os que, hoje, militam nas organizações sociais, nos sindicatos e nos partidos políticos, formados nesta experiência de organização da juventude católica.
Outra aposta da PJ é o protagonismo juvenil, que torna o jovem sujeito de sua própria história. Sem dispensar assessorias especializadas, o caminho da PJ é definido e construído pelos próprios jovens. São eles que determinam suas prioridades a partir daquilo que os desafia e angustia, tendo como referência o Evangelho, que nos revela o Reino de Deus como compromisso de todos.
A Pastoral da Juventude é marcada também por uma espiritualidade muito forte e bonita. O jeito de celebrar dos “pejoteiros” é vibrante e contagia por sua capacidade de rezar a realidade e a vida. Não abrem mão da música, da dança, do silêncio, dos símbolos, da Palavra partilhada, da Eucaristia. A eles se aplicam as palavras de um teólogo que dizia sobre a oração: Mais do que sentir o que se reza, é preciso rezar o que se sente. É isso que eles fazem. Talvez por isso muitos não os entendam e até digam que eles não rezam.
Ao longo dos anos, nasceram muitas outras experiências de organização da juventude. Com elas a PJ busca o diálogo e a comunhão, somando forças no mesmo ideal de se chegar à “civilização do amor”, sonho que as juventudes devem sonhar juntas para colocar fim ao obscuro mundo da violência, das drogas, do consumismo e de outros males em que vive grande parte dos jovens.
De Maringá a PJ irradie para os jovens do Brasil a luz que brilha nos olhos e no coração de quem vive a missão de amar sem medida, na ciranda da vida.

PJ Ouro Preto em ação... Solidariedade em Pauta

ATENÇÃO MORADORES DO BAIRRO PADRE FARIA E ENTORNO




 A Pastoral da Juventude da nossa paróquia vai fazer hoje, à partir das 13:30, uma campanha 

de arrecadação de alimentos , materiais de higiene pessoal,cobertores e principalmente roupas, 

para doar aos afetados pelas últimas chuvas, que estão abrigados na Escola da Barra. 

Os Jovens irão passar de casa em casa recolhendo as doações.

Toda ajuda é bem vinda! 

" A Fé sem obras é morta". São Tiago 

PARTICIPEM, NOS AJUDEM A AJUDAR!

Ouro Preto - Palco de tragédias em períodos de Chuva... Até Quando?

Se não trabalhar em favor do POVO...


Até que enfim... Parece que o Plano Diretor do Município de Ouro Preto vai sair gaveta 


(assim espero). 

Antes Tarde que Nunca... 

Como já mencionei. Precisamos de políticas eficaz de Prevenção, visto que não é a primeira 


vez que Ouro Preto sofre com a chuva.


# É VIDA QUE AMAMOS E BUSCAMOS.


BORA AJUDAR A POPULAÇÃO OUROPRETANA !!!





Penso que a População de Ouro precisa discutir junto ao poder público a teoria e prática do 


Plano Diretor Municipal. É óbvio que este precisa ser revisto, e mais óbvio ainda é que 


precisa sair do papel. 

No entanto é de extrema importância a participação popular nas discussões sobre esse 


assunto.

Povo Ouropretano vamos discurtir esse assunto? Espero que chuva passe, mas que o 


assunto fique vivo e ardente. Para que possamos estabelecer um diálogo e que este possa se 


fazer concreto e coerente com nossa realidade...




Precisamos lembrar que 2012 será ano eleitoral, e que muitos podem vir com propostas 


encantadoras, mas totalmente fora da realidade...




Precisamos ficar atent@s! Precisamos garantir VIDA para nosso povo!


DA LUTA EM DEFESA DA VIDA EU NÃO ME RETIRO...


A situação em Ouro Preto, tá triste e dura de vivenciar...

 Mas esse povo tem dentro do peito um coração cheio de amor e esperança. 


#Solidariedade&Partilha.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Chuvas de verão, tragédias & omissão... Triste Realidade.

E A HISTÓRIA SE REPETE...

Chuva de verão não é nenhuma novidade, tragédias também não.... 

Até quando o Estado vai assistir isso? 

Se liga... Chega de pensar medidas corretivas, precisamos de políticas eficaz preventivas. Para a morte não há correção.

É triste perceber a incompetência de muitos gestores públicos, que justificam essas tragédias como acidentes geológicos... Será?

Cadê o plano diretor... Cadê o planejamento urbano? 
Cadê as prioridades... 

Ah! Jah sei... ! Devem estar enfeitando as gavetas da prefeitura e as leis que tratam o assunto...Será que o legislativo teve tempo para construir? #PrefiroNemComentar

Sinceramente... 
Não dá mais, para ver famílias sofrendo perdas de pessoas queridas... famílias sendo deslocadas para escolas... familias perdendo tudo que construiu com muito trabalho...

E o pior...

Quando a chuva pass... o sol volta a brilhar... as flores florescem...

As pessoas voltam para sua casa... o poder público esquece os acontecimentos e as  chamadas "fatalidades"...

A vida parece, para muitos, voltar ao normal...

Mas, nas verdade...

A população volta para casa sim! E fica a espera o próximo verão, para ver tudo se repetir... 

Até quando... Até quando...

Caros servidores do poder executivo e legislativo: É preciso agir como seres pensantes... com sensatez e ter clareza das suas atribuições.

Se não tem condições de exercer tal função, não seja candidato a esses cargos, ou se desejam, preparem-se para tal...

Acredito que prioridade/obrigação seja pensar políticas públicas que garanta o bem comum. É preciso ter um olhar crítico a cerca da realidade, é preciso olhar os mais empobrecidos.

Não adianta, caminhar pelas ruas... sorrindo para seus possíveis eleitores, ou ficar fechado em seu gabinete, esperando o próximo período eleitoral para mostrar a cara... 

É preciso trabalhar... É para isso que a população paga seu salário (e que salários heim...)

Caros homens e mulheres, façam acontecer uma política justa, que priorize e defenda a vida!

A prevenção é sem dúvida o melhor caminho, mas sem colocar a mão na massa não é possível construir nada.

A POPULAÇÃO ESPERA ATITUDE E QUE SEJA EFICAZ.

POLÍTICAS PÚBLICAS JÁ! TRABALHO EFICIENTE JÁ!

O GRITO DA POPULAÇÃO É POR VIDA!