“É por causa do meu
povo machucado...”
Para além de sermos jovens cristãos,
animados pela fé de Jesus Cristo, somos indivíduos políticos que deseja e luta
pela libertação do povo, sobretudo fazendo a opção em sintonia com toda Igreja
e em especial com o Documento de Puebla pelos jovens e pelos pobres. Assim
somos convocados a abraçar uma teologia que seja crítica e libertadora, que
coloca a proposta de Jesus, o indivíduo e sua relações em evidência visando
articular e estimular uma sociedade que seja fundamentada na igualdade, no
anúncio e na prática libertadora.
A
definição para Teologia da Libertação mais
utilizada pelos teólogos
é que essa
teologia permite e leva o individuo a uma reflexão crítica sobre a práxis, numa reflexão inversa da
proposta pelo Estado. Na teologia da libertação o individuo é chamado a refletir sob um visão
que privilegia o pensar a coletividade,
e fomenta a importância do coletivo na participação social tendo em vista o jeito de ser e fazer
igreja numa reflexão que o oprimido tem destaque quanto pessoa de direito.
Contudo,
é importante ressaltar que uma linha teológica que enfatiza a libertação,
abarca um fortalecimento de compreensão que admite e ressalta a necessidade de
um novo jeito de ser e fazer igreja, num contexto em que seja priorizado e
pautado na participação ativa dos pobres e dos leigos na vida da igreja;
estreitando a relação entre libertação e salvação, e na vida da sociedade;
estreitando a relação entre Estado e Povo.
A
prática libertadora, não é uma prática fácil, visto que aborda uma formação
crítica e de militância, assim, o seu exercício passa por muitas dificuldades,
desafios, desentendimentos e também grandes conquistas. Portanto, a
persistência na luta pela difusão desta prática, traz para a igreja um rosto
mais humano, visto sua capacidade e responsabilidade em assumir questões de
cunho social, a militância em causas políticas sem perder sua essência e seu
carisma missionário. Esse novo jeito de ser igreja traz mais vida e atitude
tanto para o clero quanto para os leigos, pois estes passam a ver a realidade
com olhos se agentes sujeitos na construção do reino.
A PJ em comunhão com a
igreja libertadora traz uma proposta metodológica pautada na realidade, sendo
assim destaca que o importante para garantir de forma efetiva a liberdade e a
dignidade humana, é preciso que as pessoas se lancem no meio e se faça um como
o outro, ou seja, é preciso conhecer a realidade, compreender os fatores que
constrói a realidade e agir para transformar a realidade, numa perspectiva
coletiva, é importante ressaltar que essa prática metodológica exige
comprometimento, organização, articulação e participação coletiva, sendo assim
o olhar, o conhecer deve estar associado ao sentir, visto que não possível
transformar com eficiência algo que não se conhece, pois é preciso estar em
comunidade, na certeza de que a opção pelos pobres quer dizer na prática em
estar e lutar junto, num espaço comum de partilha, ensinamento, aprendizagem e
construção. Sendo este um espaço político que visa a geração e promoção da
vida. Na prática libertadora faz-se acontecer o evangelho, faz-se acontecer o
Reino de Deus.
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