quarta-feira, 20 de novembro de 2013

FÉ E POLÍTICA UMA AÇÃO LIBERTADORA

“É por causa do meu povo machucado...”

            Para além de sermos jovens cristãos, animados pela fé de Jesus Cristo, somos indivíduos políticos que deseja e luta pela libertação do povo, sobretudo fazendo a opção em sintonia com toda Igreja e em especial com o Documento de Puebla pelos jovens e pelos pobres. Assim somos convocados a abraçar uma teologia que seja crítica e libertadora, que coloca a proposta de Jesus, o indivíduo e sua relações em evidência visando articular e estimular uma sociedade que seja fundamentada na igualdade, no anúncio e na prática libertadora.
A definição para Teologia da Libertação mais  utilizada  pelos  teólogos    é  que  essa  teologia permite e leva o individuo a uma  reflexão crítica  sobre a práxis, numa reflexão inversa da proposta pelo Estado. Na teologia da libertação o  individuo é chamado a refletir sob um visão que privilegia o pensar a  coletividade, e fomenta a importância do coletivo na participação  social tendo em vista o jeito de ser e fazer igreja numa reflexão que o oprimido tem destaque quanto pessoa de direito.
Contudo, é importante ressaltar que uma linha teológica que enfatiza a libertação, abarca um fortalecimento de compreensão que admite e ressalta a necessidade de um novo jeito de ser e fazer igreja, num contexto em que seja priorizado e pautado na participação ativa dos pobres e dos leigos na vida da igreja; estreitando a relação entre libertação e salvação, e na vida da sociedade; estreitando a relação entre Estado e Povo.
A prática libertadora, não é uma prática fácil, visto que aborda uma formação crítica e de militância, assim, o seu exercício passa por muitas dificuldades, desafios, desentendimentos e também grandes conquistas. Portanto, a persistência na luta pela difusão desta prática, traz para a igreja um rosto mais humano, visto sua capacidade e responsabilidade em assumir questões de cunho social, a militância em causas políticas sem perder sua essência e seu carisma missionário. Esse novo jeito de ser igreja traz mais vida e atitude tanto para o clero quanto para os leigos, pois estes passam a ver a realidade com olhos se agentes sujeitos na construção do reino.
A PJ em comunhão com a igreja libertadora traz uma proposta metodológica pautada na realidade, sendo assim destaca que o importante para garantir de forma efetiva a liberdade e a dignidade humana, é preciso que as pessoas se lancem no meio e se faça um como o outro, ou seja, é preciso conhecer a realidade, compreender os fatores que constrói a realidade e agir para transformar a realidade, numa perspectiva coletiva, é importante ressaltar que essa prática metodológica exige comprometimento, organização, articulação e participação coletiva, sendo assim o olhar, o conhecer deve estar associado ao sentir, visto que não possível transformar com eficiência algo que não se conhece, pois é preciso estar em comunidade, na certeza de que a opção pelos pobres quer dizer na prática em estar e lutar junto, num espaço comum de partilha, ensinamento, aprendizagem e construção. Sendo este um espaço político que visa a geração e promoção da vida. Na prática libertadora faz-se acontecer o evangelho, faz-se acontecer o Reino de Deus.


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